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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A psicose do Universo!?


Bem sou estudante de psicologia e como todo bom estudante estava estudando nesses dias sobre o caso Schreber, um livro muito famoso entre psiquiatras do início do século XX onde Dr Schreber uma espécie de ministro do STJ da Alemanha que caiu em uma psicose, nos relata sobre seu mundo interno criado por sua doença. Posteriormente Freud analisou tal caso e nos apresentou em um de seus livros, o V. XII de suas obras completas, Freud brilhantemente nesse caso nos mostra o que simbolizava aquela psicose vivida por Dr Schreber e sobre o processo psicológico da psicose.

Bem Freud nos diz que em nosso processo de desenvolvimento onde quando bebês investimos libinalmente nosso ego, ou seja só nos interessa nosso mundo interno não precisávamos de amigos, namoradas ou qualquer outra objeto externo para nos satisfazer. Com o passar do tempo percebemos que não somos deuses, temos nossas incapacitações e sozinhos não somos capazes de nos satisfazer. Uma pessoa quando vive uma crise psicótica desinveste esse energia em objetos externos, e volta esta para o ego, ou seja, o mundo fica dentro desse sujeito devido a isso ele fala, ouve e vê coisas que fazem em muitas vezes sentido apenas para essa ele mesmo.

Isso ocorreu com Dr Schreber que em uma das fases de sua doença mental criou um mundo dele onde ele era um ser messiânico enviado e perseguido por Deus e outros seres que ele mesmo criara, toda essa doença é causada por um desinvestimento libidinal no real, em coisas externas, em outras pessoas. Lacan diz que esse mundo criado por Schreber é real para o mesmo já que ele simbolizou esse fato, para nós tal mundo cabia na ordem Simbólica e Imaginária, mas somente para Schreber isso era real (vide as três intancias do real relatadas por Lacan que eram o real, simbólico e imaginário). Isso me trouxe uma indagação onde fiquei pensando (isso não é nada inédito) onde cada um de nós traz um mundo dentro de si, cada um traz dentro de si uma representação simbólica, imaginária e real de um fato. Vivemos em um mundo onde a individualidade é cada vez mais deusificada e o coletivo deixado de lado, penso que se continuarmos nesse passo o mundo chegará a um ponto que viveremos em uma psicose grupal onde desinvestiremos completamente nossa energia no externo e investiremos em nosso ego, vemos hoje na quantidade de relações superficiais que observamos, o amigo ou namorado não é tão importante quando aquilo que ele fornece para a minha imagem.

Não sei talvez estas palavras sejam um completo engano meu, mas este é o aspecto sombrio do capitalismo, Enriquez nos diz que o capitalismo é um sistema onde a perversividade domina, ele quer dizer que nós como indivíduo enxergamos no outro apenas a satisfação que ele pode nos proporcionar, o outro é apenas um objeto para o meu gozo. De verdade minhas idéias ainda estão meio turvas não sei ao certo definir se viveremos em um completa psicose grupal, pervesividade grupal,teremos ambos os lados ou nenhum destes. São suposições de alguém que joga nesse texto todas as suas angústias e conteúdos individuais.

Esse texto creio eu ficou com uma escrita muito puxada para psicanálise, quem não entendeu algo ou quer conversar mais sobre isso fique a vontade pra fazer isso nos comentários.

Sem mais, bjos me liguem!!!